17 outubro, 2006

Estupidez em directo!

Temos uns quantos palermas que ainda estão barricados no Rivoli num estilo anarco-revolucionário que, pelos vistos, ainda tem alguns adeptos em Porugal.

Contudo, o que me faz escrever sobre este tema não é:
- o facto de este ter direito a constantes referências/directos na tv's nacionais
- a falta de coêrência dos manifestantes
- estar 100% de acordo com as medidas de Rui Rio
- o fervor revolucionário demonstrado por estes "heróis"

É este pequeno parágrafo: "A Câmara do Porto «cortou esta noite a luz do Teatro Rivoli e colocou o ar condicionado no máximo para dificultar a permanência dos manifestantes», contou ao PortugalDiário esta manhã Francisco Alves, director do Teatro Plástico, um dos barricados há mais de 32 horas." Fonte: Portugal Diário

Estavam à espera do quê? Será a falta de inteligência de Francisco Alves tão monstruosa que o fez esperar outra coisa? Ocupando ilegalmente um espaço que não lhes pertence, estariam os manifestantes na esperança de ser recebidos com serviço completo de atendimento por parte das autoridades?

Já estou à espera das "postas-de-pescada" habituais nestas ocasiões, caso as autoridades locais actuem (como à muito já o deviam ter feito): "Isto é uma vergonha!!" , "Fascitas!", "Nós estavamos muito sossegados num retiro espiritual, quando a polícia partiu para a violência!"...

1 Comentário(s):

Blogger Bernardo Rosmaninho said...

O problema destas "mentes brilhantes", que ocupam o "prime-time" das nossas tv's com estas acções, está na eterna brandura do português, que, cansado de muitas décadas de repressão e de ditadura, optou agora por abraçar a permissividade e a tolerância, só faltando telefonar aos senhores e perguntar se não querem uma pizza, isto porque "é tarde, e tal, e as pessoas carecem de comida...".

Continuamos a ser demasiado tolerantes com situações em que não deviamos e a ser intolerantes para com os problemas que realmente nos afectam.

E enquanto assim for, a comunicação social continuará a dar prioridade a uns individuos que, ao bom estilo de Manuel Subtil, se barricaram, sobre, por exemplo, os milhares de famílias portuguesas que continuam a não ter condições económicas e sociais para (sobre)viverem em Portugal.

Tudo isto, pelas audiências, é claro...

Bernardo Rosmaninho

4:01 da manhã, outubro 18, 2006  

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