Do Estado vê se te avias...
Segunda feira desloquei-me até à Pontinha. Objectivo: pela primeira vez, assistir a uma sessão de Prós e Contras ao vivo. Logo no tema que me é a mim, e a todos, dos mais caros: o Orçamento. Não tenho nem inteligência, nem formação para discernir fundamentos, sustentar opinião crítica, e configurar mediocres teses do ponto de vista económico-financeiro seguindo uma dialéctica analítica. Mas do que ouvi abstraí sumulas inevitáveis que em poucos pontos se podem condensar:
1) Temos um problema, não tanto de índole financeiro, mas consequente de deficiências funcionais estatais que se repercutem na eficiência da administração pública.
2) Mas do que o déficit, o valor da despesa pública constitui um largo entrave para a sustentabilidade duradoura das contas públicas.
3) O "estado do Estado social", se, iniludivelmente terá de ser repensado do ponto de vista funcional e prestacional, isso não implicará necessariamente, nem de todo nem em parte, uma distorção drástica no seu âmbito.
4) Implicará, sim, uma nova conceptualização de prioridades e maior rigor e selectividade nas prestações sociais.
5) Neste orçamento, e neste E(e)stado, a coisa, em tom apócrifo, e não decorrente de qualquer análise técnica, é mais ou menos isto: segurar os cornos do bicho para não gastar tanto dos dinheiros constantemente saquiados à classe media, por um lado; e, por outro, subsídios inúteis, benecífios fiscais duvidosos, e casos e casos de dívidas pendentes nos arquivos dos tribunais. Um país assim só propicia o "chico-espertismo" de Sampaio e o "vê se te avias" cá do burgo.
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