27 dezembro, 2006

O ano que vem

Primeiro que tudo: será duro. Em todos os aspectos. Não será, ao contrário dos anteriores, um ano de incertezas sinistras com deficit´s macabros à mistura. Pelo contrário. Será de decisões importantes; e, antes de mais, de oportunidade para tomar essas decisões. Repare-se que as mais adequadas serão, provavelmente, as mais duras. Será um ano de pura economia. Relembremos a génese da palavra crise como fase de mudança. Este é o fundo de verdade na mensagem do nosso PM. Marcelo dava 14 a este discurso. Claro que a propaganda está lá. Mas surge à posteriori, no enfatizar, do que "nós"(governo) andamos a tentar fazer. Quando da pura economia decorre de imediato o investimento e as variáveis macro-economicas, as perspectivas são inconstantes e verdadeiramente duras.
Prossigamos: será o ano chave politicamente. O meio-termo da legislatura. O sim ou sopas. Se bem que toda a gente já percebeu que Marques Mendes será candidato e assim Sócrates terá, de mão beijada, nova maioria. É esta a dinâmica que o plafond dos media lê nas trovas que passam. Assim espera o país e espera Cavaco. É o seu "centrão" que elegerá Sócrates se tudo no essencial correr de feição.
Retenhamos uma coisa: para meio-final do ano será necessária uma remodelação ministerial. A bem eleitoral do governo no seu todo e da estabilidade. Pinho e Nunes Correira parecem-me, a mim, os mais susceptíveis. O primeiro porque, sendo competente, lhe falta o carisma precioso para os proximos tempos. O segundo porque não existe. Ah e o Alberto Costa. Esse também se diz de ser sem existir.
Por último: com aborto mas sem regionalização. Este país é muita ideologia para flácido pragmatismo. Obvio que o tema do aborto é dos mais fascinantes e onde eu tenho uma visão quase pró-bloco de esquerda(o que é raro). Socrátes deu-se a este pecado original de alambicar a causa que tanto jeito lhe fazia, para encapotar a estrutura administrativa do Estado sem lhe refazer o esteio à medida. Tenho ideia que a arquitectura do PRACE é muita parra para pouca uva. A dos Governadores Civis caíu ao primeiro assalto...
Mas deixemos lá isso por agora. Pró ano cá estaremos. boas entradas;-)

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